Relato de Parto – Colestase Intra-hepática

Oi queridas, hoje, segunda-feira tem Relato de Parto aqui no blog, como de costume. O relato de hoje e’ do parto da Amanda Bazilio, que gerou a vida da linda Malu. Costumo dizer que cada parto e’ uma surpresa e o dela não foi diferente. Já falamos aqui sobre Colestase no relato de parto da Juliana (clique aqui) e esse vem para ilustrar ainda mais essa bela coluna. Se quiser mandar o seu relato de parto, veja logo abaixo como proceder.

relato de parto

Sempre sonhei em ser mãe. O dia que fiz xixi naquele palitinho e vi os dois tracinhos, foi mágico! Comecei a ler todos os sites especializados e blogs que encontrava. Tinha certeza absoluta que queria parto normal. Minha mãe teve um parto dos sonhos. Rápido, sem anestesia, disse que podia ter saído da sala de parto caminhando se tivessem deixado. Esse era o meu objetivo.

Nunca li absolutamente nada sobre cesariana. Não era uma opção. Com 34 semanas a Malu era um bebê pélvico. Começou meu pânico. Com 36 semanas eu tinha uma eco agendada. Um dia antes fui até minha GO e pelo exame de toque ela ainda estava sentada. Minha GO, que desde o início sabia do meu desejo por parto normal, me aconselhou a começar a pelo menos me informar sobre cesariana. Que podíamos deixar até o último minuto, mas pra pelo menos me informar. Cheguei em casa e ao invés de ler a respeito, tive uma crise de choro. Quase tive um colapso. Passei a noite TODA conversando com a Malu e pedindo pra ela virar.
No outro dia, cheguei na eco e assim que a Dra encostou aquela coisa gelada em mim, vimos a cabecinha da minha filha. Exatamente onde deveria estar. Virada pra baixo. Ela me ouviu. Foi o maior alívio da minha vida. Cheguei em casa ligando pra minha GO e fazendo festa. Na consulta seguinte, tudo calmaria. Eu aliviada e minha médica também.

37 semanas e o medo do parto prematuro sumiu. Não que tivesse alguma indicação que isso aconteceria. Mas eu sou meio neurótica mesmo. Colo grosso, nada de dilatação. Com certeza Malu aguentaria até as 40 semanas.

38 semanas, eu tive uma dor na lombar absurda. Não conseguia nem ficar reta. Liguei pra minha GO e ela me pediu que fosse até a emergência do Divina Providência (maternidade que escolhi pro parto). Fiz os exames na emergência obstétrica e tudo ok. Nada de dilatação, nada de contração e colo bem grosso. Tive uma contratura muscular. Desce pra emergência normal e remédio pra dor. Tramal. Foi como tirar com a mão.

Isso foi em uma sexta-feira. Sábado comecei a sentir uma coceira ABSURDA nas mãos e pés. Pensei que poderia ser uma reação alérgica ao tramal, pois minha mãe tem alergia a esse medicamente e minha vó também. Avisei a GO que me receitou um anti-alérgico porém me pediu que fosse até o consultório na segunda-feira para uma avaliação.

Segunda-feira cheguei no consultório com meu marido. Exame de toque e colo grosso, um dedo de dilatação e nada de contração. Ela perguntou sobre a coceira, não tinha diminuído com o remédio. Durante o dia era mais tranquilo e a noite era insuportável. Ela então me falou a respeito da Colastese Intra-Hepática. Não fazia idéia do que era isso. Ela só me disse que era um problema no fígado causado pelos hormônios da gravidez e que eu deveria fazer uns exames naquele dia mesmo pois dependendo do resultado seria necessário adiantar o parto. PÂNICO. Parti pra internet pelo celular a caminho do hospital. Pouquíssimo conteúdo a respeito, só encontrava coisas falando exatamente o que a minha GO disse. O conselho de todos os especialistas era interromper a gravidez para não prejudicar o bebê. O principal motivo era que a oxigenação do bebê ficava prejudicada.

Horas realizando os exames e esperando os resultados. Quase meia-noite, recebo uma ligação da minha GO, que recebeu o resultado dos exames antes de mim. Me aconselhou a ir pra casa, descansar e no outro dia ir até o consultório para conversarmos sobre a melhor opção. O diagnóstico tinha confirmado a Colastese.

Fui pra casa, mais uma vez com medo. No outro dia, no consultório da minha GO começamos a conversar sobre as opções. Ela disse que podíamos esperar a Malu vir na hora dela, mas teríamos que fazer os exames a cada 3 dias e as consultas seriam diárias pra acompanhar os batimentos da bebê. Pelo meu colo grosso e falta de dilatação a previsão era passar das 40 semanas.

Eu não tinha condições psicológicas de ficar mais duas ou três semanas em pânico que alguma coisa estivesse errada. Nem queria colocar em risco um bebê saudável. Resolvi que abriria mão do parto normal. Estava tão segura que era a decisão certa que não teve choro nem histeria. Quatro dias depois, a Malu veio ao mundo por cesariana e mesmo tendo sido longe do que eu tinha planejado, foi incrível ter minha filha linda e saudável nos meus braços. Não me arrependo em nada da minha decisão. Ainda sou super a favor do parto normal, mas não julgo a decisão de nenhuma mãe. Cada uma com sua escolha.

 

relato de parto

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relatodeparto

 

Nota: Esse espaço está destinado ao compartilhamento de partos, considerando esse momento um dos momentos mais lindos e abençoados de cada mamãe.

Não aceitamos nenhum tipo de discriminação e comentários inadequados serão removidos porque o Clube da Fraldinha acredita que o respeito vem acima de qualquer coisa.

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